
quinta-feira, 22 de março de 2007
Dia mundial da água

Menino de 2 anos é mantido preso em canil com 3 pit bulls em SP

De acordo com o avô, a criança tinha sido deixada com ele pela mãe. O pai do menino teria morrido em uma troca de tiros. A mãe começou a namorar com outro homem e decidiu fugir com ele, deixando a criança para o avô.
segunda-feira, 12 de março de 2007
Violência
segunda-feira, 5 de março de 2007
Por que só o Rio interessa?
Hoje, vendo JN, foi noticiado a morte de uma menina de 13 anos que foi vítima de uma bala perdida devido a um tiroteio da polícia com bandidos em Vila Isabel. A menina foi atingida pelas costas e será instaurado inquérito para saber se a bala saiu da arma da polícia ou não.
domingo, 4 de março de 2007
Deus abençoe a educação

A última pesquisa do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) mostrou que as notas dos alunos de escolas públicas e particulares pioraram em dez anos. A média das avaliações em 2005, última edição do Saeb, é inferior à de 1995. No Saeb 270 mil alunos, de 4ª série e 8ª do ensino fundamental e o 3º ano do ensino médio, fazem provas de português e matemática.
sexta-feira, 2 de março de 2007
Vão acabar com o direito de greve?
Há muito tempo atrás recebi um e-mail falando sobre mudanças nos direitos dos trabalhos presentes na CLT A mensagem pedia para que divulgássemos ao maior número de pessoas porque aquilo não podia acontecer.
Governo quer proibir greve de servidores em setores essenciais
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta sexta-feira que vai chamar as centrais sindicais para negociar a regulamentação do direito de greve no setor público.
O ministro informou que o governo vai propor a proibição de paralisações em setores essenciais, na regulamentação do direito de greve previsto na Constituição.
"Precisamos preservar o direito dos servidores, mas também os interesses da sociedade. Em alguns setores, a greve tem que ser proibida", disse o ministro a jornalistas depois de uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada.
Bernardo informou que vai começar as negociações com as centrais a partir da próxima semana. Paulo Bernardo informou que a regulamentação do direito de greve do setor público será tratada para que o governo possa reavaliar a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata desse tema.
O ministro frisou que a Constituição garante o direito de greve aos servidores, mas prevê que esse direito será regulamentado em lei complementar.
Bernardo disse que a regulamentação não deve permitir paralisações em "setores essenciais à população", mas não especificou quais seriam. "A lei é para impor limites," afirmou.
Lula recomendou ao ministro que reúna a mesa de negociação permanente com os servidores federais, para tratar de uma política de recursos humanos ara os próximos quatro anos. Criada em 2004, a mesa tem negociado com o governo os reajustes anuais dos servidores.
O Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) limitou o crescimento real das despesas da União com funcionalismo a 1,5 por cento ao ano.
O ministro disse que vai procurar as centrais sindicais para "estabelecer um calendário de negociações" e que o governo deve se relacionar com os servidores "de forma respeitosa" para "minimizar conflitos."
(Por Ricardo Amaral)
Escola e Mudança ... A escola exige mudanças
bjs em todos
-------------------------
A crise da modernidade afeta suas principais instituições, sobretudo a escola. Se um estudante falecido em 1907 ressuscitasse hoje, ficaria perplexo frente a tamanhos avanços e inovações. Mas com certeza não estranharia a escola, uma relíquia dos tempos de antanho.
Para que serve a educação escolar? Para muitos estudantes, é o túnel pelo qual se tem acesso ao mercado de trabalho. A luz no fim do túnel é a capacitação profissional, um bom salário, uma identidade social, graças a conhecimentos e habilidades adquiridos nos bancos escolares.
Seria a escola mera estufa de adestramento para o mercado de trabalho? Como me disse um adolescente de 16 anos, “na academia eu malho o corpo; na escola, o cérebro”. De fato, essa “malhação” cerebral tem seus efeitos positivos. As diferenças de salários são menores em sociedades que apresentam melhor resultado educativo.
Porém, o ressuscitado em 2007 notaria na escola uma diferença marcante em relação ao seu tempo: o caráter mercantilista fez a qualidade do ensino transferir-se da escola pública para a particular. A progressiva demissão do Estado frente a seus deveres sociais – e direitos da cidadania, como educação e saúde -, fruto amargo do neoliberalismo que, em nome do capital, apregoa a privatização do patrimônio público, sucateia o ensino público e permite que muitas escolas particulares funcionem como meras empresas que ofertam educação como mercadoria de luxo.
Educar deveria ser muito mais que propiciar ao educando conhecimentos e habilidades para que venha a obter melhores salários que seus pais e avós. Mais importante do que formar um profissional, é formar uma pessoa capaz de atuar como cidadã; inserir-se sem preconceitos nessa realidade multicultural; associar significados e construir sínteses cognitivas; superar a mera percepção da vida como fenômeno biológico para encará-la como fenômeno biográfico, processo histórico.
O educando de 1907 estava confinado numa pedagogia que não diferia muito do regime dos quartéis, e onde o aprendizado dependia do esforço memorial. Tratava-se de assimilar conhecimentos. Hoje, o aprendizado é um processo interativo e criativo. E o conhecimento é determinante no novo paradigma produtivo. Não basta assimilar informações. É preciso saber selecioná-las, relacioná-las e fazê-las convergir para processos criativos. Deve a escola dotar o educando de capacidade para enfrentar os novos desafios, lidar com as múltiplas racionalidades vigentes, aprofundar seu espírito crítico. Enfim, saber converter informação em cultura e cultura em sentido de vida.
Se quisesse reciclar-se, o nosso ressuscitado se veria impelido a evoluir da memorização à compreensão, da assimilação de informações à seleção crítica, do mero aprendizado à criatividade. Uma boa pedagogia o instigaria a analisar criticamente a realidade; conviver dialogicamente nesse mundo de pluralidade cultural; transformar idéias e sonhos em projetos sociais e políticos. O estudante de 1907 ficaria atordoado com as novas tecnologias de comunicação. Veria, espantado, o quanto o mundo encolheu. Vivemos agora na aldeia global. Em tempo real, o que ocorre do outro lado do planeta entra em sua casa através da janela eletrônica.
Ele se sentiria muito ameaçado se não soubesse como relacionar conteúdos globais e realidades locais. Sua identidade cultural estaria abalada frente ao rolo compressor da hegemonização televisiva da cultura de entretenimento como isca hipnótica de atração ao consumismo.
Educar é saber lidar com a diferença e o diferente. O educando que não se sente nem se sabe diferente corre o risco de ceder à massificação midiática. Buscará na imagem desse espelho retorcido uma face que não é a sua e, no entanto, o fascina pela ilusão de que, ao negar as suas raízes, haverá de alcançar aquele outro ser que só existe em sua fantasia.
Um dos grandes desafios da educação é como incutir vivências comunitárias como expressão de singularidades, jamais de despersonalização. Esse situar-se no lugar do outro, procurar ver o mundo com olhos do outro, é o que provoca mudanças de lugares social e epistêmico, e funda as condições de convivência democrática. Em suma, verbalizando uma expressão em moda, é preciso aprender a desterritorializar-se para saber ressignificar os sentidos.
Boas-vindas

Um grande beijo
Bel